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Mostrando postagens de 2017

Liberação do mercado.

Hoje vivemos em uma estrutura de mercado em que empresas principalmente de países desenvolvidos dominam a economia e não desejam que surjam concorrentes. Liberar o mercado, significa "abrir as pernas" para as empresas dominantes e impedir com que ocorra um desenvolvimento nacional. Se não fosse o Estado, o Brasil não teria desenvolvido várias indústrias de base, assim como outros Estados como a Coréia do Sul e o Japão não teriam se reconstruido no período pós segunda Guerra. Querer liberar o mercado significa deixar ser explorado. Hoje a estrutura econômica internacional não é mais capitalista. Estamos em uma época pós capitalista em que o que determina o preço das mercadorias não é a demanda, nenhuma empresa produz uma mercadoria de acordo com a demanda, pois ela está em busca de lucros e a produção abaixo da demanda permite com que ocorra uma especulação dos preços. Afirmar que um Estado ao intervir ele é Comunista também mostra uma total alienação da realidade. Se não foss

Privatização é a solução?

Muitos ficam defendendo privatização, mas se esquecem que as ferrovias nos anos 90 foram privatizadas e todas sucateadas. Privatização funciona? Melhora o serviço de tudo? Talvez em um setor ou outro, mas a privatização da CAIXA não acredito que irá colaborar com a economia do país. Pode ter certeza amiguinho que o crédito vai diminuir e consequentemente o consumo afetando a economia de forma geral....

Porque quanto menor a produtividade do trabalho, mais concentrada esta a população no setor primário?

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Para que uma sociedade desenvolva os seus meios de produção e não se limite apenas à produção do setor primário é necessário que se tenha a produção de um excedente, ou seja que se produza além do necessário para a subsistência e consumo mediato a fim de liberar trabalhadores para a execução de novas tarefas na sociedade. Quanto menor  for  a concentração de trabalhadores no setor agrícola de um país, maior será o seu nível de desenvolvimento econômico, produtivo e de conhecimento em novas tecnologias. As ferramentas surgiram para facilitar o trabalho das pessoas, garantir um excedente de produção, diminuir o desgaste e o tempo necessário na execução de tarefas. Desta forma, quanto maior for o desenvolvimento tecnológico em novos meios de produção, menor será a concentração da população na produção do setor primário e menor será a participação da economia agrícola na constituição do PIB do país. Os EUA e o Brasil, por exemplo, atualmente são os maiores produtores agrícolas do

Plihon - Financeirização das economias da europa

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Desde o início dos aos da década de 1980 a Europa passou por um processo de mudanças de regime macro-financeiro. Estas economias passaram de um regime de endividamento, para um regime de fundos próprios. Ou seja, as empresas passaram a se financiar com base nos seus próprios fundos, recorrendo desta forma cada vez menos ao endividamento bancário. No entanto, esta mudança de lógica financeira trouxe implicações econômicas e sociais consideráveis segundo Dominique Plihon. Esta mudança constitui uma nova etapa na inserção de economias no capitalismo mundial e corresponde a uma modificação da relação de forças em favor dos credores e dos detentores de capital financeiro em escala mundial. Esta lógica de financiamento das empresas fez com que vários fenômenos evoluíssem como: 1) O papel crescente da lógica acionária e de fundos estrangeiros, 2) A financeirização da gestão das empresas, 3) Um aumento da instabilidade financeira e da especulação dos mercados de capitais, 4) Transfe

Roger e eu - Michael Moore

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   Michael Moore em seu filme "Roger e eu" faz uma análise sobre luta de classes, mudanças no âmbito da produção da riqueza material e seus impactos no trabalho e vida social dos indivíduos no capitalismo pós moderno.   O filme ocorre na cidade de Flint, um município dos EUA o qual tinha sua economia baseada na produtividade da poderosa empresa General Motors - GM. Devido a enorme centralização dos meios de produção da GM que existiam até então, várias pequenas e médias empresas prestavam serviço para a GM e seus funcionários criando um fluxo de capital e serviços no município de Flint e cidades vizinhas. No entanto, no final dos anos da década de 1980 a GM decidiu deslocar a sua produção para outra cidade no México onde a mão de obra e o custo de produção eram (e são) menores. Apesar de isso ter sido bom para a empresa, causou grandes impactos para os trabalhadores e toda a região de Flint de forma direta e indireta.    Cerca de 8000 trabalhadores da GM perderam se

Eric Hobsbawn - A Era dos Extremos

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A Era dos Extremos - Cap. 9 – Os Anos dourados. - Segundo Eric Hobsbawn os anos reconhecidos como os anos dourados, era de  ouro, ou período Keynesiano como vários economistas e historiadores chamam, foram os anos de 1950, 1960 e 1970, no entanto houve uma certa demora para o reconhecimento especial daquele período por vários motivos. Os EUA após a 2ª Guerra Mundial manteve um bom ritmo de crescimento econômico, mas não tão acelerado quanto os demais países em reconstrução pós guerra- Europeus. A recuperação da guerra era a mais importante prioridade dos países Europeus e do Japão no planejamento de projetos dos Estados, o sucesso dos novos projetos de reconstrução eram medidos estabelecendo metas em referência ao sucesso passado, não ao futuro. Houve uma enorme queda no desemprego e um aumento no crescimento econômico dos países, mas infelizmente esse processo não se manteve estável e contínuo como vários políticos e analistas acreditavam. Hoje é evidente que a Era de

Sounds of Africa

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Gosto muito do Deep Forest. Vários cds deles fazem uma mistura de sons da natureza, com canções e músicas de tribos Africanas o que torna as suas músicas únicas. 

Balança dos poderes.

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Charles de Montesquieu  (1689 – 1755) se debruçou no legado de seu predecessor britânico John Locke e do filósofo grego Aristóteles para criar a obra “  O Espírito das Leis ”. Neste livro, o referido pensador francês aborda um meio de reformulação das instituições políticas através da chamada “teoria dos três poderes”. Segunda tal hipótese, a divisão tripartite poderia se colocar como uma solução frente aos desmandos comumente observados no regime absolutista. Mesmo propondo a divisão entre os poderes, Montesquieu aponta que cada um destes deveria se equilibrar entre a autonomia e a intervenção nos demais poderes. Dessa forma, cada poder não poderia ser desrespeitado nas funções que deveria cumprir. Ao mesmo tempo, quando um deles se mostrava excessivamente autoritário ou extrapolava suas designações, os demais poderes teriam o direito de intervir contra tal situação desarmônica. Neste sistema observamos a existência dos seguintes poderes :  o Poder Executivo , o Pod

Fora Temer!

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As manifestações anteriores das organizadas por organizações de discurso "Fora Dilma", tinham como objetivo a melhoria do sistema de transporte coletivo, melhoria do sistema de saúde pública, da educação, além do fato que muitos queriam que o dinheiro do pré-sal fosse utilizado em beneficio da sociedade e não fosse apenas para os bolsos de grandes corporações estrangeiras (assim como já ocorreu em vários outros países), entre outros diversos pontos destacados nos cartazes e discussões feitas n os encontros de estudantes e jovens que acredito que ocorreram em todo o país. Contudo, o que vemos ocorrer atualmente é justamente o inverso. A oposição dizia que iria melhorar o país, criticava e critica o governo anterior, botava lenha na fogueira dizendo que a saída da Presidenta iria acabar com a corrupção, e iriam ajudar os mais pobres. Isso não passou de falácia. Não é isso que observamos. A antiga oposição do PSDB, atualmente está conectada com o atual presidente Temer

Capítulo 12 - Karl Marx - O capital

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Karl Marx - (1818 - 1883) Fichamento - Cap. 12 - Divisão do trabalho e manufatura 1. A dupla origem da manufatura A manufatura, o modelo clássico de cooperação fundada na divisão do trabalho, como forma característica do processo de produção capitalista estendeu-se de meados do século XVI até o final do século XVIII. A manufatura surgiu de dois modos. 1o  de forma autônoma, e segundo em que reuniam-se trabalhadres de diferentes oficios autonomos em uma mesma oficina sob o controle de um capitalista, por cujas mãos passava um produto até seu acabamento final. Uma carruagem por exemplo é citada no texto e passava por este processo de produção. No entanto, logo ocorreu uma modificação nos sistemas de produção essencial. 2. O trabalhador parcial e sua ferramenta A manufatura faz com que os operários se especializem de forma única e objetiva devido ao processo repetitivo em uma determinada ação do sistema produtivo. Um artesão executa diversas etapas do processo de

Capítulo 11 - Cooperação - Karl Marx

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Fichamento O capital Cap. 11 Cooperação. A produção capitalista só começa quando o mesmo capital individual emprega de forma simultânea diversos trabalhadores possibilitando que o processo de trabalho aumente o seu volume e forneça produtos numa escala quantitativa maior do que antes. Em primeira análise, a diferença da produção capitalista das indústrias anteriormente artesanais cooperativas praticadas nos tempos antigos é apenas quantitativa do número de pessoas ligadas ao processo produtivo, no entanto ocorre uma modificação, dentro de certos limites. Primeiro que o lucro, o capital adquirido após a venda das mercadorias da produção capitalista não é divido de forma igualitárias, segundo que os trabalhadores não exercem as mesmas tarefas de forma simultânea nos meios de produção modernos. Essa utilização dos meios de produção de forma sincronizada diminui os gastos de capital constante (gastos de energia e manutenção dos meios de produção), especializa os trabalhadores em

Dica para compreender O Capital.

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No livro 1 O Capital publicado pela editora BOITEMPO em sua edição de outubro de 2013, na página 39, está publicado um capítulo de Advertência aos leitores para facilitar a compreensão da obra o qual foi escrito pelo escritor e filósofo Argeliano Louis Althusser. No começo do texto o autor faz uma abordagem sobre o livro e suas implicações no mundo acadêmico e político.  O Capital é a grande obra que Marx dedicou a maior parte de sua vida desde 1850. Este livro não é fácil e de rápido entendimento. Para sua compreensão é necessário um estudo dos termos apresentados no livro. O Capital é uma obra de teoria cujo objeto de estudo são os mecanismos de produção capitalista. No entanto, este livro não pode ser considerado como um livro de história "concreta", ele é um livro de teoria que analisa o modo de produção capitalista.  Sem paciência não se entende esta obra. Segundo Althusser, para se entender O Capital, ele recomenda começar da seção II do livro 1 (cap. 4) pa

Capítulo 10 - O Capital - Karl Marx

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Karl Marx (1818 - 1883) Fichamento Cap. 10 - O conceito de mais valor relativo. A parte da jornada de trabalho que produz apenas um equivalente do valor da força de trabalho pago pelo capital foi tratada até este momento, segundo o raciocínio apresentado nos capítulos anteriores, como uma grandeza constante, o que de fato ela é, sob dadas condições de produção e num dado grau de desenvolvimento econômico da sociedade. Além do trabalho necessário para a produção do valor para a sua sobrevivência, o  trabalhador pode trabalhar 2, 3, 4, 5 ...10 horas  a mais. A taxa de mais-valor depende do tamanho do prolongamento dessa jornada de trabalho. Para aumentar a taxa de lucro, um capitalista necessita aumentar a eficiência de seus trabalhadores responsáveis pela produção dos produtos da companhia. No entanto existem dois modos de se fazer isso. 1) aumentando a jornada de trabalho. Por exemplo, antes os trabalhadores tinham 8 horas de trabalho e passam a trabalhar 10 horas, s

Capítulo 9 - O Capital - Karl Marx

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Karl Marx - (1818-1883) Fichamento O Capital Cap. 9 - Taxa e massa do mais valor. Neste capítulo, assim como no anterior, o valor da força de trabalho, isto é, da parte da jornada de trabalho necessária para reprodução ou conservação da força de trabalho é considerada como constante. CV = Vm * X(empregados) CV = capital variável Vm = valor das forças de trabalho X = quantidade de empregados M = massa do mais valor m = o mais valor fornecido pelo trabalhador no dia (médio) v = capital variável na compra da força de trabalho individual. V = soma do capital variável f = valor de uma força de trabalho média. txm = taxa de mais valia txm = m/V Na produção de uma dada massa de mais valor, a diminuição de um fator pode ser compensada pelo aumento do outro. Se ocorre uma diminuição no número de trabalhadores, mas aumentasse a jornada de trabalho dos demais, a massa do mais valor não se altera. A oferta de trabalho que o capital pode explorar s

Pensando...

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Se a corrupção envolve o senhor Eike Batista e suas empresas, os jornais apenas citam o nome do empresário, se o fato envolve a Petrobras se cita mais o nome da empresa do que os responsáveis pelo caso. A privatização realmente resolve o problema da corrupção? Acho que não.

O Brasil tem o maior imposto do mundo?

Muitas pessoas desinformadas costumam reclamar e dizer que o Brasil tem o maior imposto do mundo, o que não é verdade. No entanto, não podemos dizer que ele é bem distribuído e cobrado de forma justa com todos os cidadãos, Reclamar dos impostos é hábito comum da elite brasileira. Mas uma comparação internacional mostra que a parcela mais abastada da população não paga tantos tributos assim. Estudos indicam que são justamente os mais pobres que mais contribuem para custear os  serviços públicos no país. Impostos indiretos representam cerca de 40% da carga tributária brasileira, enquanto os diretos (impostos sobre renda e capital) são 28%. O grande problema é que esses impostos indiretos são iguais para todos e por isso acabam, proporcionalmente, penalizando mais os mais pobres. Por exemplo, o tributo pago quando uma pessoa compra um saco de arroz ou um bilhete de metrô será o mesmo, independentemente de sua renda. Logo, significa uma proporção maior da remuneração de quem ganha menos.

Capítulo 8 - Karl Marx - O Capital

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Karl Marx (1818 - 1883) Cap. 8 A Jornada de trabalho. 1. Os limites da jornada de trabalho A força de trabalho é comprada e vendida pelo seu valor o qual, como o de qualquer outra mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário para sua produção.. No entanto, o tempo que um operário realiza de trabalho não produz apenas o necessário para pagar a sua remuneração. a______b__________________c a___b = tempo de trabalho necessário para o operário produzir sua própria remuneração. b______c = duração de mais trabalho A jornada de trabalho não é uma grandeza constante, mas variável. Um trabalhador pode trabalhar 6, 8, 10, 12 horas por dia, essas jornadas podem indicar que os componentes da jornada de trabalho, o trabalho necessário e o mais trabalho são iguais, mas não a grandeza de cada uma dessas partes. No modo de produção capitalista, o trabalho necessário e o mais trabalho são iguais, mas não a grandeza de cada uma dessas partes. No modo de produção

Capitulo 6 - Karl Marx - O Capital

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Karl Marx - (1818 - 1883) Cap. 6 - Capital constante e capital variável. Os diferentes fatores do processo de trabalho participam de diferentes modos na formação do valor dos produtos. o trabalho adiciona valor aos objetos em cada faze do processo de produção. Quanto mais complexo um produto e ele tiver que passar por mais fazes do processo de produção, maior será o seu valor. O trabalhador no entanto, não trabalha duas vezes ao mesmo tempo.  Através do uso de ferramentas e máquinas, a produtividade de um trabalhador aumenta. Com o passar dos anos, ao longo da história houve um desenvolvimento de técnicas de produção e máquinas que possibilitaram um aumento na produtividade com o mesmo gasto de tempo, ou menor que no passado. Antes para se costurar 30 camisetas se demorava um mês, hoje com o desenvolvimento dos meios de produção 30 camisetas se produz em um dia ou menos com o uso de máquinas. Isso possibilitou que as camisas se tornassem mais baratas. "Quanto ma

Capítulo 5 - Karl Marx - O Capital

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Karl Marx - (1818 - 1883) Cap. 5 - O processo de trabalho e o processo de valorização. 1. O processo de trabalho. o capitalista ao contratar um operário, de forma óbvia, faz com que o operário trabalhe. Ao trabalhar, o operário agrega valore de uso aos objetos que ele produz. Assim, o capitalista faz o trabalhador produzir valores de uso, ou de bens através da transformação de bens da natureza. Ou seja, agrega valor aos objetos que passam por diversas etapas de produção. A própria terra é um meio de trabalho por ela fornecer plantas e condições para o cultivo de outros meios de trabalho e de subsistência, algo fundamental para que as pessoas ligadas ao processo de trabalho executem com sucesso as suas tarefas e etapas de produção e agregação de valor. No entanto, para que o homem fizesse usufruto da terra foram desenvolvidas ferramentas que passaram a ajudar na execução, no cultivo e extração de riquezas, insumos da terra. Desde a época do homem das cavernas, vem se

Cerveja engorda?

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Eu leio e exponho neste blog resumos de textos de política e história, mas não é por isso que eu não goste de tomar uma gelada! Gostei bastante desta reportagem e por isso decidi repassar ela em meu blog para  propagar a informação a fim de acabar com alguns mitos da sociedade. Descubra por que aquela cervejinha pode acabar com o seu treino de musculação Crédito:  Reprodução A cerveja divide opiniões e toda vez que lançam um estudo novo sobre o assunto, a gente fica mais confuso. Em determinado momento, a cerveja é complemente ruim para a saúde; em outro, ela faz bem até para o coração. O que realmente é verdade? Bom, depende do seu ritmo de vida, dos seus objetivos e, é claro, da quantidade de cerveja que você toma.  OS BENEFÍCIOS DA CERVEJA Crédito: Reprodução De acordo com um estudo finlandês, a cerveja pode reduzir em 40% os riscos de desenvolver pedras nos rins. Mas é preciso beber com moderação para obter os benefícios. Em excesso, a cerveja pode ser responsável po