Liberação do mercado.

Hoje vivemos em uma estrutura de mercado em que empresas principalmente de países desenvolvidos dominam a economia e não desejam que surjam concorrentes. Liberar o mercado, significa "abrir as pernas" para as empresas dominantes e impedir com que ocorra um desenvolvimento nacional. Se não fosse o Estado, o Brasil não teria desenvolvido várias indústrias de base, assim como outros Estados como a Coréia do Sul e o Japão não teriam se reconstruido no período pós segunda Guerra. Querer liberar o mercado significa deixar ser explorado. Hoje a estrutura econômica internacional não é mais capitalista. Estamos em uma época pós capitalista em que o que determina o preço das mercadorias não é a demanda, nenhuma empresa produz uma mercadoria de acordo com a demanda, pois ela está em busca de lucros e a produção abaixo da demanda permite com que ocorra uma especulação dos preços. Afirmar que um Estado ao intervir ele é Comunista também mostra uma total alienação da realidade. Se não fossem os Estados de países como Alemanha, França, Bélgica, várias de suas indústrias hoje não existiriam e a situação dos mercados, atualmente formada por oligopólios e monopólios seria diferente. A crise de 1929 mostra uma falha do capitalismo e a atual crise de 2009 reforça. Atualmente pouquíssimas empresas tem o domínio dos meios de produção e tecnologias, e não querem que surjam novos concorrentes, o funcionamento da economia é oligopolista e tende a ser cada vez mais centralizado se não existir nenhum mecanismo de intervenção. Um exemplo da falha da teoria do livre mercado são as ferrovias de São Paulo. FHC privatizou a FEPASA, no entanto ao invés de melhorarem os trilhos e voltarem a funcionar, ocorreu justamente o contrário. Um estado totalmente centralizado e controlador dos meios de produção também não é algo bom para a sociedade, ao meu ver, Contudo eu acredito na necessidade de um planejamento e uma conexão entre o setor privado e o Estado para que surjam novos trabalhadores, novos consumidores e condições para que as empresas produzam, vendam e a economia funcione. Os momentos de crise mostram, a economia não é auto regulável.