Capítulo 4 - Karl Marx - O Capital

Karl Marx - (1818 - 1883)

Fichamento.

Cap. 4 - A transformação do dinheiro em capital.

O capital surgiu a partir do desenvolvimento de produção de mercadorias e circulação dessas nos mercados, o comércio que se desenvolveu principalmente a partir do séc. XVI.

Apesar do sistema de trocas M-D-M (conversão de mercadorias em dinheiro e reconversão de dinheiro em mercadoria) explicar de modo resumido um sistema de circulação de mercadorias, ele chega a ser em partes irracional, afinal ninguém produz algo para vender e em seguida comprar algo de mesmo valor dando final a este processo de troca.

A forma real do processo de trocas dos dias atuais é D-M-D' , onde D' = D +🔺D , isto é a quantia de dinheiro inicialmente adiantada(D') mais um incremento (🔺D). Esse movimento transforma o capital.

Como portador consciente desse movimento, o possuidor de dinheiro se torna capitalista.

Sua "pessoa", seu bolso é o ponto de partida e de retorno do dinheiro.

A busca do capitalista comerciante não é obter novas mercadorias, seu objetivo final é sempre acumular capital.

Toda mercadoria ao ser vendida ganha um valor superior ao necessário para sua produção, a mais valia.

D-M-D' é a fórmula geral do capital tal como ele aparece imediatamente na esfera de circulação.

No entanto existe no mundo capitalista também o fluxo de dinheiro que gera mais dinheiro (D-D') o fluxo de dinheiro que gera mais dinheiro (D-D'). Esse formato de fluxo do capital ocorre por meio dos bancos que emprestam seu capital que retorna para os bancos de forma valorizada (D"). No entanto, apesar de ser (D-D') ele não está separado dos meios de produção e comércio de mercadorias. Aquele que pegou o capital (D) terá de produzir, vender e obter um lucro maior capaz de pagar o empréstimo adquirido mais os juros.

2. Contradições da fórmula geral.

Em sua forma pura, o processo de circulação de mercadorias exige a troca de equivalentes (de mesmo preço), mas as coisas não se passam com tal pureza na realidade.

O que ocorre na realidade é uma troca de não equivalente. Ninguém produz tudo o que precisa e vende apenas aquilo que lhe é desnecessário e necessário para outros.

A variedade material das mercadorias é a motivação material para a troca e que torna os possuidores de diferentes mercadorias dependentes uns dos outros.

Além do mais os possuidores de mercadorias se distinguem simplesmente como vendedores, e os compradores aqueles que possuem dinheiro.

A circulação ou troca de mercadorias não cira valor nenhum, mas como é possível explicar a transformação de dinheiro (D) em capital (D') - D-M-D'?

No bloco seguinte deste fichamento será feita essa resposta.

3. A compra e a venda de força de trabalho

A força de trabalho só aparece no mercado na medida em que seu possuidor, a pessoa, o operário coloca sua força de trabalho no mercado.

para vende-la como mercadoria, seu possuidor (operário) tem de dispor dela.

A continuidade desta relação de compra e venda de trabalho no mundo capitalista pode ser realizada por meio do estabelecimento de uma relação em que ambos são pessoas juridicamente iguais, um é consumidor e o outro vendedor.

A continuidade dessa relação requer que o proprietário da força de trabalho a venda por um determinado período por um determinado preço, se não, isso já seria escravidão.

Diferente das outras mercadoria, a determinação do valor do trabalho, mão de obra, contém elementos históricos e morais de quanto é necessário para a sobrevivência de um operário em um determinado país, sob determinado tempo, sob determinado período.

O valor de toda mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário para a sua produção com sua qualidade normal.

O processo de consumo da força de trabalho é simultaneamente o processo de produção da mercadoria e do mais valor. no entanto, o consumo da força de trabalho, assim como o consumo de qualquer mercadoria, tem lugar fora do mercado ou da esfera de circulação.

o modelo de produção capitalista extrai conceitos e parâmetros para julgar a sociedade do capital e do trabalho salariado. O antigo possuidor de dinheiro se apresenta como capitalista e o antigo possuidor de força de trabalho como seu operário.

" o primeiro é visto com um ar de importância, confiança, e ávido por negócios, o segundo tímido e hesitante como alguém que trouxe sua pele ao mercado e agora não tem mais nada a esperar além da despela, da exploração."

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Resumo.

Marx neste capítulo 4 fala sobre o processo de transformação do dinheiro em capital.

no começo ele fala que o processo M-d-M é apenas teórico, pois ninguém troca, ou compra algo equivalente do que já possui, além de que ninguém produz tudo o que necessita e consome ou coloca no mercado o que não necessita mais.

A forma real dos processos  de troca é D-M-D', afinal o objetivo dos comerciantes, donos de indústrias, capitalistas é obterem mais D e não no final, apenas uma mercadoria.

O dinheiro possui no mundo atual o papel de poder, de consumo, como ferramenta para atingir interesses individuais.  

Mais-valia é uma expressão do âmbito da Economia, criada por Karl Marx que significa parte do valor da força de trabalho dispendida por um determinado trabalhador na produção e que não é remunerado pelo patrão. Também pode ser classificada como o excesso de receita em relação à despesas.

A força de trabalho de um trabalhador (considerada também como uma mercadoria por Marx) possui o mesmo valor que o tempo que o trabalhador precisa para produzir o suficiente para receber o seu salário e garantir a subsistência da sua família. Apesar disso, muitas vezes o valor desse tempo é menor que a quantidade de força de trabalho total. A diferença entre esses dois valores é conhecida como mais-valia.

Esta teoria marxista é uma clara crítica em relação ao capitalismo, indicando a exploração capitalista dos trabalhadores, pois os salários pagos eram uma pequena porcentagem do valor equivalente ao que era produzido. Esta teoria foi usada por vários membros do proletariado com o objetivo de receberem melhores salários.

Pode também ser qualificada como a diferença entre o salário recebido por um funcionário e o valor do trabalho que produziu.

Em um sentido não relacionado com a Economia, mais-valia pode indicar algo ou alguém que é valioso, representando uma vantagem. Ex: Ele é um excelente jogador, é uma verdadeira mais-valia para o seu time.

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O Significado de mais valia:

O que é Mais-valia:

Mais-valia é uma expressão do âmbito da Economia, criada por Karl Marx que significa parte do valor da força de trabalho dispendida por um determinado trabalhador na produção e que não é remunerado pelo patrão. Também pode ser classificada como o excesso de receita em relação à despesas.

A força de trabalho de um trabalhador(considerada também como uma mercadoria por Marx) possui o mesmo valor que o tempo que o trabalhador precisa para produzir o suficiente para receber o seu salário e garantir a subsistência da sua família. Apesar disso, muitas vezes o valor desse tempo é menor que a quantidade de força de trabalho total. 

A diferença entre esses dois valores é conhecida como mais-valia.

Esta teoria marxista é uma clara crítica em relação ao capitalismo, indicando a exploração capitalista dos trabalhadores, pois os salários pagos eram uma pequena porcentagem do valor equivalente ao que era produzido. Esta teoria foi usada por vários membros do proletariado com o objetivo de receberem melhores salários.

Pode também ser qualificada como a diferença entre o salário recebido por um funcionário e o valor do trabalho que produziu.

Em um sentido não relacionado com a Economia, mais-valia pode indicar algo ou alguém que é valioso, representando uma vantagem. Ex: Ele é um excelente jogador, é uma verdadeira mais-valia para o seu time.

Mais-valia relativa e absoluta

Vejamos o seguinte exemplo: em uma indústria têxtil, um trabalhador precisa apenas de 4 horas por dia para produzir bens no valor do seu salário mensal. Assim, partindo do princípio que a jornada diária de trabalho tem 8 horas, em um mês com 22 dias de trabalho, o trabalhador precisa apenas de 11 dias para produzir o valor equivalente ao seu salário. Apesar disso, ele não pode trabalhar apenas 11 dias por mês ou 4 horas por dia, e deve continuar produzindo. O lucro obtido com o seu trabalho nas restantes horas vai para o seu patrão e é designada como mais-valia. De acordo com Marx, este exemplo designa a mais-valia absoluta.

A mais-valia relativa remete para o aumento da produtividade através de processos tecnológicos avançados. Isso significa que novas máquinas melhoram o processo de produção, sendo que é possível produzir mais bens em menos tempo, aumentando o lucro. Desta forma, o salário do trabalhador fica pago em ainda menos dias.

As duas mais-valias conferem lucro aos empregadores através de formas diferentes: a mais-valia absoluta através da extensão das horas de trabalho (mantendo o mesmo salário), enquanto a mais-valia relativa reduz o valor da força de trabalho.