Internacionalização Chinesa.




Internacionalização Chinesa.

O processo de internacionalização da China apresenta um histórico diferenciado dos demais Estados existentes atualmente em pleno século XXI.

A China segundo Henry Kissinger, sempre se considerou o centro do mundo e adotou determinadas atitudes frente aos demais Estados e grupos que não fossem de acordo com as suas políticas. Aqueles que não iam de acordo com os interesses das dinastias e não consideravam a China como o centro do mundo eram considerados bárbaros.

No século XVIII a China estava no auge do imperialismo, a dinastia Qing havia tornado a China em uma potência militar e política capaz de exercer influência em todo seu território e regiões costeiras com a China, mas com mais intensidade na Mongólia,, Tibete e na atual região de Xingiang.

Apesar deste momento simbolizar o auge da Dinastia Qing, também se tornou um momento Crítico da história Chinesa. Vendo a riqueza e extensão do território Chinês, companhias comerciais Europeias passaram a querer ter relações e transações comercias com a China. Pela primeira vez na história os “bárbaros” não almejavam tirar o lugar da dinastia Chinesa e reivindicar o Mandato celestial para si mesmos apenas desejam ter relações comercias e diplomáticas.

Os Chineses desconheciam todos os métodos industriais e científicos os quais haviam sido desenvolvidos no Ocidente e que os Europeus desejavam compartilhar e inserir sobre o território Qing.

Para os Estrangeiros, o acesso ao mercado Chinês era restrito e regulamentado. As noções de livre comércio, embaixadas residentes e direitos conquistados pelos europeus no resto do mundo através das colonizações eram totalmente desconhecidas pelos Chineses.

Pouquíssimos eram os comerciantes Chineses licenciados que podiam realizar negócios com os ocidentais e demais povos. O que era bastante desanimador para as companhias de comércio. Mesmo com missões diplomáticas para alterar o formato das relações sino ocidentais para uma moldada no livre comércio fracassou completamente em 1974.

Apesar de a conduta Chinesa ser considerada arrogante era uma política que já havia sendo adotada durante séculos. Vendo que a situação não se alteraria através do diálogo e a criação de acordos comerciais, os Ingleses declararam Guerra a China.

Em primeiro instante, os conselheiros do imperador acreditavam que devido a longa distância da Inglaterra com o continente Asiático, o conflito não traria grandes problemas para o Império, mas não tinham noção de que a manutenção de seu domínio sob a região estava completamente em jogo.
Os ingleses vendo que as relações Chinesas dificilmente mudariam e que seus interesses dificilmente seriam aceitos, passou a atacar o território Chines causando enormes estragos e mostrando o quanto a tecnologia Chinesa era inferior a do Ocidente.

A China teve de se curvar pela primeira vez à um povo desconhecido e iniciar uma nova fase de sua história.

A questão a qual os Chineses não entendiam era de que os Europeus não queriam o fim da dinastia Qing, os desejos dos comerciantes europeus eram apenas conquistar concessões econômicas e direitos de livre comércio.

Ao analisarmos as relações comercias entre os países notasse que as relações entre os Estados antigamente eram limitadas e que a China possuía uma organização política econômica diferenciada dos povos Europeus.


Ou seja, as relações capitalistas entre a o oriente e o ocidente não começaram simplesmente por que o Capitalismo e a Globalização são processos naturais, foi necessária uma imposição de força para que os Estados da Ásia aceitassem realizar transações com os Europeus e criassem uma nova ordem internacional.

Autor:

Mateus Granada Ribeiro

Fontes:

História Geral das Civilizações – Os séculos XVI e XVII – editora Bertrand

Sobre a China – Henry Kissinger - editora Objetiva

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