Chang: O Mito do Livre Comércio e dos Maus Samaritanos

Segundo Chang, o livre comércio, sempre foi uma imposição, não uma livre escolha dos países mais fracos (atualmente subdesenvolvidos), com o desenvolvimento tecnológico houve um crescimento das relações entre os Estados na área Comercial, mas não foram por causa do desenvolvimento tecnológico, como afirmam vários pesquisadores, que houve um aumento nas relações entre os Estados, foi à própria boa vontade política de seus governantes.
O livre comércio dificulta o desenvolvimento tecnológico dos países subdesenvolvidos, causando uma dependência desses países com outros Estados. O México, segundo Chang, apesar de ter aumentado suas relações comerciais com os Estados Unidos, a sua participação no Nafta trouxe problemas para o país também. Vários trabalhadores foram demitidos por causa da dificuldade de empresas Mexicanas disputarem o mercado nacional e internacional com as Empresas dos Estados Unidos e do Canadá que possuíam um maior desenvolvimento tecnológico e produtivo. O Livre comércio apenas beneficia os países desenvolvidos, pois colabora para a manutenção do Status-Quo. O livre comércio faz com que os países pouco desenvolvidos, se especializem apenas em setores de baixo crescimento e de produtividade (chinelos, roupas, caixas de papelão, etc.) A prática do livre comércio apenas diminui a liberdade dos países em desenvolvimento praticantes. O Livre comércio beneficia apenas os países já desenvolvidos economicamente e tecnologicamente.
Apesar dos problemas já citados, que o livre comércio pode causar o livre comércio também pode colaborar no desenvolvimento, mas para isso são necessárias algumas condições.
A coréia do Norte era mais rica do que a Coréia do Sul, mas com o passar dos anos a situação mudou drasticamente. A coréia do Sul, ao intensificar as suas relações comerciais com o resto do mundo, absorveu tecnologias as quais foram utilizadas para o desenvolvimento interno do país. Para que ocorra essa recepção tecnológica, ou os países subdesenvolvidos compram, e para isso seriam necessários dólares, ou então através de presente de auxilio externo. Mas para isso é necessária a realização do comércio externo. Sem o comércio haverá pouco desenvolvimento tecnológico e econômico. Apesar disso, a Coréia mostra que para ter uma participação ativa, não é preciso ter um livre comércio aplicado. Foi preciso um mix de práticas de livre comércio e protecionismo em alguns setores. Isto faz parte da história de todos os países atualmente ricos. A proteção não é uma garantia para que ocorra o desenvolvimento, apesar disso, sem práticas protecionistas, se torna mais difícil ainda o desenvolvimento de um Estado. O comércio internacional pode ajudar no desenvolvimento, mas não é o melhor caminho para o desenvolvimento econômico. É preciso uma junção de práticas liberais e protecionistas para o desenvolvimento de Estados subdesenvolvidos.

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