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Mostrando postagens de 2016

Luíz Gonzaga Belluzzo - Os antecedentes da tormenta - O fim dos anos dourados

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No segundo capítulo do livro Os antecedentes da tormenta  de Luiz Gonzaga Belluzzo é tratado o processo de declínio dos acordos de Bretton Woods firmados após a segunda guerra mundial e seus efeitos na economia mundial em decorrência do processo de globalização. Segundo Belluzzo, o regime econômico fascista mostrou que a sobrevivência das ordens democráticas pós segunda guerra mundial, não dependia apenas da restauração de instituições, mecanismos de representação popular, equilíbrio de poderes e controle público das autoridades. caso não houvesse uma instancia pública capaz de coordenar e disciplinar os mega poderes privados, as chances das sociedades presenciarem novos regimes e aventuras totalitárias seria grande. A ameaça a ordem e a liberdade democrática não vem de um governo o qual elegemos, e que podemos derrubar, mas das oligarquias responsáveis sem responsabilidades públicas. Para evitar a ocorrência de novas tragédias foram pensadas as constituições de novas insti

Graham T. Allison - Modelos Conceituais.

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Os textos de Allison tratam tanto dos diferentes modelos de análise do processo de tomada de decisões de temas políticos internacionais como realiza uma relação com a crise dos mísseis de Cuba. No entanto, neste resumo irei focar apenas nos 3 modelos de análise que Allison explica e suas especificidades. Allison ao longo do texto apresenta para o leitor os seguintes 3 modelos de análise: I) Modelo de política racional II) Modelo de processo organizacional III) Modelo de Política Burocrática Segundo o autor, nenhum dos modelos de análise política ao ser adotado em algum estudo universitário, ou expositivo ao público esta errado, contudo o modelo que o escritor de uma obra escolhe certamente leva a diferentes conclusões. O Modelo de política racional (I)   A maioria dos analistas explica ( e predita) as ações das autoridades dos governos nacionais em termos de várias formas de um modelo conceitual básico. Esta análise explica que os fenômenos ocorrem a partir de circunstan

Adam Smith - Riqueza das Nações

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Ao longo da história da humanidade ocorreram mutações no sistema de trocas e de organização dos meios de produção que fizeram com que surgissem dúvidas e questões sobre como é gerada a renda, porque o capital sempre tende a se acumular, e porque o mundo é tão desigual. Para entender este processo antes de ler O Capital, é necessário entender a critica de Adam Smith e David Ricardo. Adam Smith - Riqueza das Nações Cap. 1 -  Da divisão do trabalho Devido a divisão do trabalho foi possível um aumento da capacidade produtiva. Como exemplo, o autor cita no livro a fabricação de alfinetes. Caso não fosse a divisão do trabalho, menos alfinetes seriam produzidos. A divisão do trabalho é fundamental para o aumento da capacidade produtiva e a geração de excedentes. Este efeito da divisão do trabalho é semelhante e ocorre nas mais diferentes produções e meljora a qualidade dos produtos produzidos. O grande aumento das produções em consequência da divisão do trabalho de

Análise das transformações das forças sociais, Estados e Ordem Mundial.

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O Canadense Robert W. Cox professor e doutor formado em ciência política e história, em seu texto “ Social forces, states and world orders: beyond international relations theory ” realiza uma análise sobre diferentes métodos de política internacional Neo-realistas, Marxistas (tanto histórico como estrutural), apresentando suas características que fazem com que parte destas análises sejam abstratas e que caso elas continuem a serem defendidas no mundo acadêmico e político apenas os interesses de pequenos grupos serão concretizados.      Sua análise apesar de ser bastante parecida com a de Karl Marx (de propagação do internacionalismo do comunismo) o autor não pressupõe que o Comunismo seria a maneira para solucionar os problemas decorrentes das transformações dos meios de produção e exploração dos países subdesenvolvidos e seus habitantes, mas defende a união de Estados subdesenvolvidos para que as barreiras impostas pelos países desenvolvidos que possuem o domínio dos meios de p

II PND (Plano nacional de desenvolvimento) 1975-79

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No decorrer da história Brasileira, diferentes planos de governo foram implementados: Plano de Obras, o Plano Especial de Getúlio Vargas (1939), Plano Salte do governo Dutra (1950), o Programa de Metas de Juscelino (1956), O Plano Estratégico de Desenvolvimento de Costa e Silva (1968), o I PND (plano Nacional de desenvolvimento) e o II PND do governo militar de Ernesto Geisel. O II PND será o foco de análise deste texto. O II PND tinha como objetivo durar de 1975-1979 com uma proposta ambiciosa de desenvolvimentismo, mas que infelizmente tanto por questões endógenas, como exógenas não foi capaz de ter sido aplicado conforme o planejado. O II PND ao ser implementado, certamente  conforme apresentado em seu plano tinha como objetivos o desenvolvimento do país de forma que os diferentes Estados e regiões do Brasil fizessem parte de forma conjunta do processo de desenvolvimento nacional. O projeto tinha como objetivo que São paulo, até então a região locomotiva da economia nac

A mídia e seus interesses. Intervenções armadas dos EUA

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       O texto  “Contradições na cobertura jornalística americana no Iraque”.  In:  Política Externa , publicado por  Carlos Eduardo Lins Silva   livre-docente em Comunicação pela USP, diretor de relações institucionais da PATRI Relações Governamentais & Políticas Públicas, aborda sobre o papel e interferência das corporações midiáticas nos conflitos internacionais da atualidade.     Carlos foi repórter, editor, secretário de Redação, diretor-adjunto de Redação e correspondente em Washington da Folha de S.Paulo. Autor de "Muito Além do Jardim Botânico" e "O Adiantado da Hora", entre outros livros, foi também diretor-adjunto de Redação do jornal Valor Econômico. Neste texto, ele faz uma análise sobre o papel dos meios de comunicação na legitimação ou não de conflitos e a criação de inimigos, e o quanto isto está conectado com interesses de corporações privadas          De acordo com Carlos, a mídia dos EUA, com raras exceções, passou a reproduzir de forma

Desabafo

O fato do MBL não colocar em pauta na manifestação do dia 4 de dezembro o impeachment de Temer, deixa claro que essa organização não tem como objetivo acabar com a corrupção, Temer fazia parte da coligação de presidência PT-PMDB. Não adianta fazer um enorme barulho dizendo que quer o fim da corrupção retirando a presidenta de cena, mas dar aval para alguns políticos incluindo a parte judiciária que também fizeram parte da podridão. Isso deixa mais do que claro que não existe grupo ou organização sem partido.

Gerenciando a interação doméstico-externa: China-EUA acordo da OMC

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Jogo de dois níveis nas negociações entre EUA e China para a entrada Chinesa na OMC (organização mundial do comércio) Desde 1986, a China na busca de melhorar os seus relacionamentos com novos mercados, já tinha a vontade de fazer parte da organização mundial de comércio. Vários países, devido a China não fazer parte do órgão, utilizavam este fato como desculpa para não deixar com que produtos chineses entrassem nos seus territórios. Em 1986, a China tentou entrar para o Gatt, órgão anterior a formação da OMC, mas foi rejeitada. Contudo, a China tem o costume de manter as negociações para atender aos seus interesses, mesmo que para que esses interesses sejam concluídos o processo demore. Em 1994, após a transformação do GATT em OMC, a China novamente fez a solicitação para a sua entrada no órgão. Contudo novamente foi rejeitada por parte de seus membros. Para entrar na OMC é preciso que todos os Estados partipantes estejam de acordo com a aceitação da inclusão de mais um me