Rio de Janeiro - Cidade Maravilhosa, mas não para o seu bolso 
              
  

Estas férias fui para o Rio de Janeiro, a cidade mais famosa do Brasil.
O Rio de Janeiro é bastante conhecido por causa de suas lindas Praias, mulheres bonitas, samba, música e muita alegria, fatores os quais não deixei de apreciar.

Apesar disso, existem alguns fatores de enorme importância para os visitantes tomarem conhecimento, antes de se aventurarem nas praias do Rio de Janeiro.

Quando estava passeando pela praia de Ipanema resolvi colocar meu chinelo debaixo do banco o qual havia alugado e dar uma rápida mergulhada no mar. Em menos de 1 minuto resolvi voltar, mas durante esse processo notei vários garotos correndo pela praia e agarrando o que conseguiam e estava pela frente no meio dos guarda Sóis e bancos de Praia sendo o meu chinelo um desses objetos.

Não estou dizendo aqui que o meu Chinelo tinha uma enorme importância, um chinelo de 20 reais se compra facilmente, mas após este evento passei a conversar com as pessoas da Praia sobre os “arrastões”, e descobri que é um fato que ocorre diariamente no Rio de Janeiro principalmente nas praias de Ipanema e Copacabana.

O Litoral do rio de janeiro pode ter uma vista espetacular, lindas praias, e vários eventos, mas é um lugar cheio de desigualdades e conflitos. É interessante para passear, mas não é um lugar o qual eu acho que me sentiria seguro para criar uma família.

Como pode a maior cidade turística do Brasil, a segunda cidade do mundo com os imóveis mais caros do Planeta, ter tantas favelas, uma desigualdade absurda, uma exploração de trabalho tão grande, e assaltos no meio das praias turísticas mais visitadas?

Esses assuntos são bastante complicados e geram várias discussões, mas eu notei que grande parte dos altos preços e custos do rio de janeiro não ocorre apenas por falta de atenção do Estado e falta de infraestrutura, os altos custos ocorrem por causa de exploração de mercado, e não por debilidade na produção e demanda produtiva.

O Alto custo dos grandes bairros do rio de Janeiro não ocorre simplesmente por causa de falta de infraestrutura, mas por causa de oportunismo, exploração dos comerciantes locais e pelos próprios moradores e turistas da região se deixar ser explorados.

A desigualdade e a violência do Rio de Janeiro não decorrem simplesmente por falta de atendimento do Estado (não que isso não seja um fator adicional aos problemas da região), mas a exploração dos comerciantes locais torna cada vez mais difícil a sobrevivência da população local e o acesso das mercadorias por todos de forma justa.

No Rio de Janeiro não existe classe Rica, média e pobre. Ou você é Rico ou você é pobre nesta linda cidade maravilhosa.

Não é a toa que vários jovens correm pelas praias agarrando vestimentas e acessórios, pois com a exploração do mercado local, muita gente não tem como comprar nem mesmo um chinelo de 20 reais.







Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Capítulo 5 - Karl Marx - O Capital

Imagem
Karl Marx - (1818 - 1883) Cap. 5 - O processo de trabalho e o processo de valorização. 1. O processo de trabalho. o capitalista ao contratar um operário, de forma óbvia, faz com que o operário trabalhe. Ao trabalhar, o operário agrega valore de uso aos objetos que ele produz. Assim, o capitalista faz o trabalhador produzir valores de uso, ou de bens através da transformação de bens da natureza. Ou seja, agrega valor aos objetos que passam por diversas etapas de produção. A própria terra é um meio de trabalho por ela fornecer plantas e condições para o cultivo de outros meios de trabalho e de subsistência, algo fundamental para que as pessoas ligadas ao processo de trabalho executem com sucesso as suas tarefas e etapas de produção e agregação de valor. No entanto, para que o homem fizesse usufruto da terra foram desenvolvidas ferramentas que passaram a ajudar na execução, no cultivo e extração de riquezas, insumos da terra. Desde a época do homem das cavernas, vem se
Leia mais

Capítulo 4 - Karl Marx - O Capital

Imagem
Karl Marx - (1818 - 1883) Fichamento. Cap. 4 - A transformação do dinheiro em capital. O capital surgiu a partir do desenvolvimento de produção de mercadorias e circulação dessas nos mercados, o comércio que se desenvolveu principalmente a partir do séc. XVI. Apesar do sistema de trocas M-D-M (conversão de mercadorias em dinheiro e reconversão de dinheiro em mercadoria) explicar de modo resumido um sistema de circulação de mercadorias, ele chega a ser em partes irracional, afinal ninguém produz algo para vender e em seguida comprar algo de mesmo valor dando final a este processo de troca. A forma real do processo de trocas dos dias atuais é D-M-D' , onde D' = D +🔺D  , isto é a quantia de dinheiro inicialmente adiantada( D' ) mais um incremento ( 🔺D ). Esse movimento transforma o capital. Como portador consciente desse movimento, o possuidor de dinheiro se torna capitalista. Sua "pessoa", seu bolso é o ponto de partida e de retorno do dinheir
Leia mais

Graham T. Allison - Modelos Conceituais.

Imagem
Os textos de Allison tratam tanto dos diferentes modelos de análise do processo de tomada de decisões de temas políticos internacionais como realiza uma relação com a crise dos mísseis de Cuba. No entanto, neste resumo irei focar apenas nos 3 modelos de análise que Allison explica e suas especificidades. Allison ao longo do texto apresenta para o leitor os seguintes 3 modelos de análise: I) Modelo de política racional II) Modelo de processo organizacional III) Modelo de Política Burocrática Segundo o autor, nenhum dos modelos de análise política ao ser adotado em algum estudo universitário, ou expositivo ao público esta errado, contudo o modelo que o escritor de uma obra escolhe certamente leva a diferentes conclusões. O Modelo de política racional (I)   A maioria dos analistas explica ( e predita) as ações das autoridades dos governos nacionais em termos de várias formas de um modelo conceitual básico. Esta análise explica que os fenômenos ocorrem a partir de circunstan
Leia mais