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Mostrando postagens de novembro, 2016

Gerenciando a interação doméstico-externa: China-EUA acordo da OMC

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Jogo de dois níveis nas negociações entre EUA e China para a entrada Chinesa na OMC (organização mundial do comércio) Desde 1986, a China na busca de melhorar os seus relacionamentos com novos mercados, já tinha a vontade de fazer parte da organização mundial de comércio. Vários países, devido a China não fazer parte do órgão, utilizavam este fato como desculpa para não deixar com que produtos chineses entrassem nos seus territórios. Em 1986, a China tentou entrar para o Gatt, órgão anterior a formação da OMC, mas foi rejeitada. Contudo, a China tem o costume de manter as negociações para atender aos seus interesses, mesmo que para que esses interesses sejam concluídos o processo demore. Em 1994, após a transformação do GATT em OMC, a China novamente fez a solicitação para a sua entrada no órgão. Contudo novamente foi rejeitada por parte de seus membros. Para entrar na OMC é preciso que todos os Estados partipantes estejam de acordo com a aceitação da inclusão de mais um me

Robert D. Putnam Diplomacia e Política Doméstica: A lógica dos jogos de dois níveis

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No texto de Robert D. Putnam estudado nesta resenha, “Diplomacia e Política Doméstica: A lógica dos jogos de dois níveis”, o autor explica sobre a cooperação internacional a partir dos jogos de dois níveis. Para explicar sua teoria, Putnam divide seu texto em 8 partes. Para o autor, devemos voltar a atenção para teorias de “equilíbrio geral” que deem conta simultaneamente das interações de fatores domésticos e internacionais. O artigo de Potnam sugere uma estrutura conceitual para compreender como a diplomacia e a política doméstica interagem. Na primeira parte e introdução do seu texto, Putnam demonstra que a ligação entre política doméstica e internacional de fato existe, a questão é saber em que momento uma influência a outra e de que modo esta influência ocorre. Para ilustrar esta situação, cita a Cúpula de Bonn (1978) que, ao reunir as maiores economias da época – Japão, Estados Unidos e Alemanha – buscava soluções para reaquecer a economia mundial logo após o 1º Choque do

Boulding, K. E – Imagens Nacionais e o sistema internacional.

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A imagem de um Estado ela pode ajudar a refletir os interesses de uma nação no campo internacional, por mais que este seja apenas um dos fatores de influência.   Assim como uma família que ao passar uma imagem sobre ela fora de casa pode reverter sinais de respeito e glorificações para os seus membros, um Estado também pode fazer isso. A imagem de um Estado inclui questões culturais, religiosas, crenças populares, conflitos entre outros fatores que refletem na imagem do país no exterior. No entanto, nem sempre a imagem é realista, ela pode passar mentiras na busca de mistificar atos de monstruosidade existentes no seu interior, mas que não é do interesse de seus governantes que seja exposta internacionalmente. O foco do texto, é o impacto das imagens nacionais nas relações entre Estados. As relações entre Estados podem ser descritas em diferentes dimensões. 1)       Espaço geográfico, o espaço geográfico de um Estado e suas características. Nem todos os territórios de um E

O amado e odiado - Hugo Chávez

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Hugo Chávez Ignácio Hamonet, jornalista francês da revista International Diplomatiq , em sua obra  100 horas con Chávez  faz uma descrição de Hugo Chávez apresentando suas características e peculiaridades que o fizeram ser um personagem da política da América Latina de enorme respeito por alguns, como de grande ódio por outros. De acordo com o autor, Hugo Chávez foi um líder Venezuelano que fez com que o país ganhasse uma nova imagem e reconhecimento no mundo. Hugo Chávez nasceu em uma cidade do interior, tinha grande respeito por sua avó, chegou a ter bastante destaque nos mais diversos campos, tanto na área militar, como no esporte, cultura, diálogo, conhecimento, religiosidade entre outras capacidades deslumbrantes o qual este líder possuía. No entanto a questão que fez com que ele ganhasse respeito e apoio popular segundo o autor, diferente de outros líderes da América Latina, foi o seu posicionamento de proximidade popular, algo bastante diferente da maioria dos líd

A Crise da Dívida e suas repercussões sobre a economia brasileira – Belluzzo e Almeida

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Segundo Luiz Gonzaga Belluzzo e Júlio Sérgio Gomes de Almeida a ruptura das articulações financeiras do Brasil com o exterior na década de 1980 foi provocada pela crise da dívida externa , a mais grave crise econômica que a economia brasileira até então não havia presenciado que se estendeu por toda a década de 80 e tendo repercussões na década seguinte.             O estreitamento dos relacionamentos do Brasil com o exterior ocorreu em conjunto com o crescimento dos mercados financeiros internacionais nos anos 70.             Antes as fontes de financiamento externo eram mais limitados, as poucas agências que existiam eram apenas dos países mais avançados.             Nos anos 70 houve um grande crescimento de bancos privados que como meio de segurança introduziam as taxas de juros flutuantes dentro das cláusulas de seus acordos de financiamento a fim de garantirem o próprio refinanciamento e obtenção de lucros. Isso dava base para emissão de créditos ágeis, baratos e em co

Política econômica, inflexões e crise: 1974/1981

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Entre 1974 e 1978 a política econômica do governo miltar debilitou-se pela tentativa de conciliarem objetivos irreconciliáveis. Entre 74-76 projetou-se o II PND. Com o objetivo de sustentar as elevadas taxas de crescimento, reverter a aceleração da inflação e conter o déficit do balanço de pagamentos. Havia, portanto, uma contradição entre os objetivos. De um lado se procurava aumentos ambiciosos de gastos do Estado em investimentos públicos, e por outro lado a política de crédito e financiamento seguia uma linha de objetivos de contenção do crédito. Visão Crítica do II Plano Nacional do Desenvolvimento PND (1975-1979) Dr. Carlos Lessa A partir de 1930 o Brasil teve 10 planos de governo que por mais que apresentassem diferentes propostas de medidas a serem seguidas para serem alcançados os seus objetivos, todas as propostas apresentavam finalidades e objetivos a serem perseguidos para possibilitar o desenvolvimento nacional. O 2º PND lançado pelo presidente Geisel em 1